No dia 8 de Março de 1970 era domingo. Chovia muito em Luanda. Bem cedo saímos da CMR 113, num jeep, até à Mutamba, local onde haveria de apanhar o machimbombo que nos levaria até à povoação de General Machado (hoje Camacupa) na província do Huambo.
Do percurso pela cidade de Luanda retenho a imagem que sempre me faz lembrar uma viagem de barco, tal o rasto que a viatura deixava na água que cobria as ruas.
Luanda iria ficar para trás e a angústia pelo desconhecido apoderava-se de nós, pelo menos de mim, embora não pudesse falar de medo, pois pensava que outros tinham passado por aquela experiência e nada de mal lhes tinha acontecido.
Do percurso nada há de extraordinário pois não passou de mais uma viagem de autocarro.
O almoço, à base de ração de combate, terá sido ingerido numa localidade de que não recordo o nome, mas que deveria ter restaurante porque o motorista não estava sujeito à escassez alimentar a que os militares se submetiam, quer por falta de dinheiro, quer por não saber por onde andavam.
E, porque em Angola não viajávamos depois do pôr-do-sol, o jantar e a pernoita aconteceram no Dondo. O resto da ração de combate, certamente reforçado com algo que vinha na bagagem, uma volta, curta, porque a povoação, uma estrada a que chamávamos de principal, com umas casa de um lado e do outro, não daria para grandes passeios e o ambiente era desconhecido.
A mauser estava no porta-bagagem, por cima dos bancos, e as munições atavam dentro do saco de viagem, onde tinham sido colocadas na véspera.
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